quarta-feira, 29 de junho de 2011

A CRISE DOS 40 ANOS E A VIDA CONJUGAL

Então surge a etapa da meia vida. Parece que toda a resistência do casal é colocada a prova. Justamente pelas mudanças e conflitos que acontecem particularmente em cada um dos cônjuges nesta etapa, é que a relação conjugal se vê afetada.

É hora de enfrentar o temor que vem por estar entrando na “terceira idade”, e encontrar o rumo que entendemos ser a vontade de Deus para as nossas vidas.

Como toda crise possibilita profundas mudanças na personalidade, a crise dos anos 40 significa um risco para a vida conjugal. Todo casamento tem seus momentos difíceis e seus momentos excitantes; seus altos e baixos. A maioria dos casais de hoje sucumbe; os que conseguem êxito, sobrevivem passando por tais mudanças. O segredo de uma boa relação conjugal é aceitá-las. Não há lugar para estagnação, senão ocorre a morte!

Bacon disse, “quem não está disposto a aplicar novos remédios, terá de esperar novos males.”(SPINNANGER, Ruthe T., Mejor que el divórcio. Terrasa, Barcelona: Clie, 1978.p.24)

A mulher pode ficar muito vulnerável, quando o último filho sai para viver sua independência e o “ninho fica vazio”; quando surgem as mudanças impostas pelo climatério e a menopausa.
Devido a um processo cultural histórico, muitas mulheres têm recebido uma identidade temporária através do êxito de seu esposo e filhos, mas como é uma identidade que não é própria, quando o casamento se desgasta, o esposo não a necessita ou os filhos se vão, a máscara cai e surgem os sentimentos de frustração e consequente agressividade interiorizada e exteriorizada.

A mulher necessita fundamentar sua autoimagem, autoestima e identidade própria, no propósito para o qual Deus a fez como indivíduo.
O homem pode ficar muito vulnerável, quando chega o tempo da aposentadoria, principalmente as forçadas pela crise mundial; quando começa a viver seu climatério, ainda que diferente da mulher.

Homem e mulher sofrerão principalmente a distância que vivem como fruto de não terem investido no relacionamento conjugal, mas na vida profissional e na educação dos filhos. E agora podem ter se tornado dois ilustres desconhecidos, sem os filhos que já se foram e com a desilusão de não ter encontrado na profissão, a realização esperada. E para colmo, os sintomas visíveis do envelhecimento como perda de cabelo, aumento de peso, as rugas, os cabelos brancos, diminuição das capacidades como memória, visão, força física... fazem com que a morte se torne uma realidade.

Uma grande ameaça à vida conjugal, acontece quando o esposo começa a sentir infelicidade com a vida, a sentir que o melhor estava no passado, a sentir lástima por si mesmo por ver-se pressionado pelas responsabilidades, o que pode levá-lo a rebelar-se contra tudo e abandonar as duas coisas que ele percebe como a causa de seus problemas: sua esposa e seu trabalho. Quando se der conta de que esta não era a solução, voltará a sentir uma maior desilusão e mais autocompaixão.

Em meio a todos esses sentimentos, o grande inimigo de nossas almas que está ao redor buscando a quem tragar, não perderá a oportunidade de insinuar possibilidades de adultério, que uma vez efetivado é uma causa importante de separação entre o homem e seus seres amados em um momento em que o apoio e a compreensão se necessitam desesperadamente.

Quando o casal tem um bom casamento, a adaptação a todos esses conflitos será mais fácil, porque marido e mulher encontrarão um novo calor em sua relação e trabalharão juntos pelos anos futuros.

Mas não é só tristeza ... é um tempo em que não há a interferência dos filhos, consequentemente mais tempo para os dois; normalmente há mais estabilidade econômica...

A crise dos anos 40, é um tempo para o casal parar para analisar as questões realmente importantes da vida.

“... e me puseram por guarda de vinhas; a minha vinha, porém, eu não guardei.” (Cantares 1:6b)

Se isso aconteceu, se um dos cônjuges ou os dois estiveram tão ocupados com os labores da vida: estudos, trabalhos, filhos, ... ainda há tempo!

A sementinha que foi plantada em nosso jovem coração necessita de cuidados, de tempo. Apesar de que o tempo já passou, será necessário perdoar todas as decepções e frustrações pelo cônjuge não ter correspondido àquela imagem idealizada da juventude, mas aceitá-lo como ele é; entendendo que este é o cônjuge que Deus nos deu para juntos sermos uma só carne.

Mas,
“Toma tempo ser um cavalheiro ou uma mulher gentil.
Toma tempo ser agradavelmente cortês.
Toma tempo mostrar as pequenas cortesias que são tão importantes para dar felicidade na vida.
Toma tempo desfrutar cada dia, suas pequenas delícias.” (W.Phillip Keller, Domine las tensiones. El Paso,Tx.: Mundo Hispano, 1982, p.113.)

Para ter esse tempo é necessário um compromisso com a aliança do casamento, conscientes de que Deus foi testemunha e nos demanda fidelidade e lealdade.

“Ainda fazeis isto: cobris o altar do Senhor de lágrimas, de choros e de gemidos, de sorte que ele já não olha para a oferta, nem a aceita com prazer da vossa mão.
Perguntais: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual foste desleal sendo ela a tua companheira, e a mulher da tua aliança.”
(Malaquias 2:13-14).

É tempo de voltarmos um para o outro e juntos com o olhar fixo no futuro começarmos a sonhar novos sonhos. Pois acredito que quando paramos de sonhar, começamos a morrer! Com este sonho em mente, devemos procurar o melhor foco para assim termos a mais nítida visão do mesmo, e juntos com Cristo poderemos viver os dias de ouro que o Senhor nos tem reservado, dentro do plano original de Deus: um casal que se ama, se compreende, se ajuda, se edifica, se ministra ...enfim, uma vida conjugal em uma só carne!

terça-feira, 21 de junho de 2011

A CRISE DOS 40 ANOS

Já no segundo século de nossa era, os hindus enfocavam a vida como uma série de passos, em que os prazeres anteriores iam ficando para trás a medida que eram substituídos por objetivos mais elevados e apropriados:
- A 1ª etapa era compreendida entre os 8 anos e princípios dos anos 20 em que se era estudante e a única obrigação era aprender.
- A 2ª etapa era marcada pelo matrimônio, consistia em formar a família e ia dos 20 aos 40 ou 50 anos. Esses anos seriam vividos para satisfazer as necessidades do ser humano: prazer principalmente através da família, êxito através da sua vocação e deveres através do exercício da cidadania.
- A 3ª etapa iniciava quando a idade reduzia os prazeres do sexo e dos sentidos, quando alcançar o êxito já não representava uma novidade e cumprir os deveres se convertia em rotina. Nessa etapa começava o tempo do retiro, em que o indivíduo podia ser livre para começar sua verdadeira educação como adulto, de descobrir quem é e de refletir sem interrupção no significado da vida. Nesse período a pessoa é estimulada a viver como peregrino. O homem e sua esposa, se assim o desejar, internavam-se na solidão dos bosques numa viagem de autodescobrimento, suas responsabilidades seriam restritas ao que se referia si mesmos.
- A 4ª e última etapa começava quando o peregrino alcançava sua meta, é o estado de sannyasin. Sem obrigações, nem bens, o sannyasin é livre para andar e mendigar na porta traseira da casa de alguém, de quem fora amo em outros tempos. Neste estágio, o sannyasin se define como "aquele que não odeia e nem ama’ e que ‘vive identificado com o EU eterno e não contempla nenhuma outra coisa". ( Gail Sheehy – Las crisis de la edad adulta . Ed.Grijalbo,S.A 1984.p.5l7)

Shakespeare, no discurso "Todo o mundo é um teatro", tentou dizer que o homem vive através de 7 etapas. ( Ibid.p.30)

Else Frenkel-Brunswik foi a primeira psicóloga a enfocar o ciclo vital por etapas e concluiu que todas as pessoas passam por 5 fases claramente delimitadas. (Ibid. p.30)

Posteriormente, Erik Erikson descreveu o ciclo vital em 8 estágios ou as 8 idades do homem:
Confiança Básica versus Desconfiança Básica
Autonomia versus Vergonha e Dúvida
Iniciativa versus Culpa
Indústria versus Inferioridade
Identidade versus Confusão de Papel
Intimidade versus Isolamento
Generatividade versus Estagnação
Integridade do Ego versus Desesperança.
( Erik H.Erikson- Infância e Sociedade.Ed.Zahar.1976.pp.227-248 )

Daniel Levinson, também concluiu que os adultos evolucionam por períodos. A pessoa só passa ao seguinte período quando se dedica a novas tarefas evolutivas e constrói uma nova estrutura para sua vida. Para ele, nenhuma estrutura pode prolongar-se mais de 7 ou 8 anos. ( Gail Sheehy – Las crisis de la edad adulta. Ed.Grijalbo.1984. p.32)

A experiência de muitas vidas nos ensinam que "nenhuma idade nem acontecimento pode, em si mesmo, impedir que o espírito humano se estenda mais além de seus limites anteriores". ( Ibid. p.39)


Atualmente a Vida Adulta pode ser dividida a grandes rasgos em 4 etapas ou idades:
a 1ª idade que vai dos 20 aos 40 anos
a 2ª idade que vai dos 40 aos 50 anos
a 3ª idade que vai dos 50 aos 65 anos
e a 4ª idade ou velhice ocorre a partir dos 65 anos.
( F.Lopez, A Fuerte- Para comprender la sexualidad.Ed.Verbo Divino.1991.pp.89-105)

Cada etapa é assinalada por uma crise. Crise não implica uma catástrofe mas um ponto decisivo, uma característica dos momentos decisivos entre o progresso ou a regressão. Nesse momento ou se alcançam logros ou se produzem fracassos, que fazem com que o futuro seja melhor ou pior, mas que em qualquer caso, o reestruturam. ( G.Sheehy-Las crisis de la edad adulta.. Ed.Grijalbo.S.A, 1984.p.31s.)

No esquema hindu, como em nossa divisão ocidental do ciclo vital, podemos perceber uma semelhança entre o que ocorre entre a 2ª e a 3ª etapa hindu e o que ocorre entre a 2ª e a 3ª Idade da Vida Adulta. Tanto homens como mulheres, podem sofrer o que se tem chamado de Crise da Meia Vida, Crise dos 40 anos. Ocorre uma plena crise de autenticidade. Trata-se de um ponto crítico da vida em que se torna imperioso analisar e reexaminar nossa vida: Que fiz? Que faço? Por que faço tudo isso? Onde realmente vou chegar com essa vida que levo? Em que realmente creio? Como vou direcionar minha vida a partir de agora? No mais íntimo de nosso ser se registra uma mudança de percepção com relação à segurança e o perigo de vida, o tempo e a falta de tempo, a atividade e a estagnação, o eu e os outros.

Se nesse momento ocorre um acidente que afeta nossa vida, todo esse processo pode se precipitar, mas ainda que nenhum acontecimento exterior nos alcance, finalmente todos os seres humanos acabamos alcançando a crise dos 40 anos e a primeira vez que se recebe a mensagem é talvez a pior. Mas de algum modo devemos aprender a viver com ela.

A 1ª grande percepção que ocorre nessa crise é o Temor a Morte. Como disse G.Scheehy "resulta paradoxo que quando alcançamos a flor da vida também compreendemos que há um ponto em que esta mesma vida deve concluir". ( Apud.Ibid.p.358)

Como a noção de morte pode ser demasiado terrífica para ser encarada de frente, pode aparecer na forma de fobias de avião, fobias de altura, enfermidades psicossomáticas...

A 2ª grande percepção está relacionada com a Noção de Tempo. Existe a vaga sensação de que se encontra costa a baixo na montanha da vida e só nos resta um determinado tempo para encontrar nossa autenticidade verdadeira.

Há uma distorção do sentido do tempo.

Os profissionais pensam: o tempo corre. É necessário vencê-lo. Conseguirei tudo o que desejo antes que seja demasiado tarde?

As donas de casa pensam: me sobra tempo, que farei agora com tanto tempo?

Essa mudança na percepção do tempo necessita ser reavaliado. Todas as nossas noções do tempo necessitam ser reelaboradas em torno da idéia do tempo que ainda nos restam.

A solução da crise da percepção do tempo nos leva a outro cambio de sentido: Atividade versus Estagnação. Se a reflexão nos levou a conclusão de que ‘é tarde demais’, ‘já passei da época’, ‘minha cabeça não dá mais para isso’; o resultado será a Estagnação, decorrente de uma perspectiva distorcida que faz ver o futuro falsamente criando sua própria inércia. Como disse Barbara Fried: "nosso aborrecimento se mistura com a difusão do tempo". ( Apud.Ibid.p.358)

Mas por outro lado, se nossa reflexão nos leva a pensar: ‘vale a pena tentar’, ‘não sei os anos que ainda tenho, se 5 anos, 10 anos, 15 anos ou outros 40 ou 50 anos, nesse caso o melhor que faço é tentar alcançar minhas metas, meus sonhos, pois é melhor viver como desejo, ainda que sejam somente uns poucos anos do que viver frustrado e aborrecido com a rotina’.

Assim a aborrecida rotina se desfará na realização de simples novidades em nossa experiência diária.

Para resolver o problema do tempo é necessário restaurar a confiança no futuro. Sabendo que agora não temos papai e mamãe para nos direcionar. Precisamos visualizar quem queremos chegar a ser no final do processo.

Interessante que a medida que saímos da crise, ainda que de fato nos resta pouco tempo real, a depressão e o tédio desaparecem, pois passamos a considerar o futuro como uma perspectiva mais autêntica porque lhe infundimos Fé.

Outro cambio que ocorre na Crise dos Anos 40 é o Sentido do Eu e dos Outros:
Nossos filhos adolescentes nos vêm como um velho retrógrado assexuado.
Nossos pais esperam que lhes cuidemos e lhes ajudemos.
É nessa época que frequentemente enfrentamos pela primeira vez a morte de seres queridos. O fato de que um amigo ou um familiar morre de câncer, é suficiente para surgir o pensamento: ‘todos os meus amigos/parentes se estão morrendo de câncer’. Se o mesmo fato ocorresse aos 25 anos, o impacto seria diferente do que ocorre aos 40 anos. A tragédia seria deles, mas agora se percebe como uma alerta.

Ocorre também a desilusão: Isso é tudo?

Essa reflexão deve nos levar a abandonar a nossos imaginários provedores de segurança, deixar de crer que conseguiremos toda a felicidade da vida se alcançarmos as metas inalcançáveis do Eu idealizado, para evitar entrar no caminho da depressão crônica.

Se reconheço que nunca poderei ser um concertista famoso, poderei ser feliz no ministério da música que está ao meu alcance.

Se reconheço que nunca poderei ser o presidente do Banco Central, poderei ser feliz como gerente do Banco da minha cidade.

Toda crise nos conduz a 2 caminhos:
- ou nos quebram, nos afastam de Deus e nos tornam pessoas amargas, ressentidas, frustradas ...
- ou nos quebrantam, nos aproximam de Deus e nos tornam pessoas melhores, mais equilibradas, mais estáveis, mais perto da Estatura de Cristo.

Como o cristão deve enfrentar a crise dos 40 anos?
Gostaria de parafrasear 1ª Tessalonicenses 4:13 "Não gostaria, irmãos, que sejais ignorantes acerca da crise dos 40 anos, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança".
Mas como os heróis da fé!

Sempre é bom recordar que a Fé do Cristão não é uma fé mística, mas Fé no que diz Deus em Sua Palavra!

sábado, 11 de junho de 2011

ETERNAMENTE ENAMORADOS


O tempo em que vivemos está caracterizado pelo descartável, se usa e se joga fora quando näo mais nos é necessario.
Com esta filosofia muitos entram em um Relacionamento amoroso.
"Fica-se" com o outro enquanto interessa.
Outros pensam em ter um relacionamento que será "eterno enquanto dure".

Mas será possivel ser "Eternamente Enamorados"?

Muitas pessoas pensam que estar enamorados é algo místico. Que acontece, como a "incorporaçäo de um espírito". De repente sem que você tenha controle da situaçäo, você fica apaixonado, recebeu a flechada do Cupido. E um dia quando você menos espera, Cupido retira a flecha, e ... você já não está mais enamorado. O amor se acabou, e lógicamente terá que acabar o relacionamento, pois o que segurava o relacionamento era o amor, se esse acabou, já näo há mais razäo para estar juntos ...

A Mitologia apresenta muitos contos. A flecha do Cupido é um desses.

Nosso Amoroso Deus não atua assim conosco. Sua forma de agir é lógica, racional. E a Instituição mais importante que Ele criou não está fundamentado no ilógico, no irracional.

A Biblia descreve o Amor sob 3 formas:

Amor - Eros
Aquele amor que procura uma expressão sensual.
É inspirado fisiológicamente, pelas glándulas que produzem seus hormonios.
No Amor Eros, o casal se ama romântica e eróticamente.
É o sentir da pele.
O beijo profundo, o abraço demorado.
São os presentes com segundas intenções ...
É dizer para o cónjuge o que gostamos ou näo, na relaçäo sexual ...

Amor - Filia
Se expressa pela amizade.
Marido e Mulher são amigos.
Significa:
Companheirismo.
Cooperaçäo.
Sair juntos.
Fazer as compras juntos.
Buscar o equilibrio financeiro juntos.
Educar os filhos juntos.
Compartilhar gostos, preferencias, conhecimentos.
Ter o valor de "delicadamente" dizer ao outro o que nâo lhe fica bem...
Recordar os primeiros dias, os primeiros momentos, a primeira casa ... Como trabalharam para prepará-la para a boda!


No Amor Eros, um complementa o outro.

No Amor Filia, ambos buscam o complemento numa meta comun.

Amor - Agape
É o Amor de 1ª Corintios 13.
É o amor derramado pelo E.S. de Deus como nos diz Romanos 5:5.
É o Amor que dá de sí. Que é sacrificial, é bondoso, é compassivo, atencioso e sensível ás necessidades do cónjuge.
Que tudo sofre.
É Perdoador.
É Eterno.

Alguns dizem: é eterno enquanto dure ...

Mas Deus diz é Eterno!

Em que grau caminham os 3 tipos de amor no meu matrimonio?

Para o casamento segundo o Plano de Deus:
- Não existe lugar para saparaçöes!

- Não existe lugar para incompatibilidade de gênio, simplesmente pelo fato de que homens e mulheres são incompativeis pelo simples fato de serem Homem e Mulher.

- Não existe lugar para "não existe mais amor"!

Por que sim se pode ser Eternamente Enamorados!

O Casamento nos outorga a liberdade da mais íntima relaçäo física, sustentando assim o Amor Eros, o Amor Sensual.

O Casamento nos proporciona o ambiente para as mais íntimas relações de amigos, sustentando assim o Amor Filia. Pois é no dia a dia de casados que as mais diferentes situações, muitas vezes conflitantes se nos deparam e o cónjuge deve ser o amigo ideal para juntos buscarem a solução segundo a Vontade de Deus. É ainda com o Amor Filia que um pode aliviar as cargas do outro: ajudando na manutençäo do equilibrio financeiro, ajudando na manutençäo da ordem da casa em seus aspectos mais variados: limpeza, compras, educação de filhos ...E também ajudando nas crisis existenciais e emocionais através da comunicaçäo aberta, transparente. É o Amor Filia que nos possibilita também o companheirismo para as horas de lazer, para os sonhos ...

O Casamento necessita do Amor Agape. Este é o Amor que nos permite amar quando nosso cónjuge não é amável. É o Amor que tudo espera, tudo crê, tudo suporta, tudo sofre ...
É o Amor que nunca deixa de ser.

Dietrich Bonhoeffer, em seu livro: “Resistência e Submissão”, escrevendo uma belíssima carta à sua sobrinha disse:
“Foi o amor quem vos levou ao casamento, mas daqui em diante será o casamento quem sustentará o vosso amor.”

Se o Amor Agape, é Deus quem nos dá; o Amor Filia se cultiva, se trabalha dia a dia e o Amor Eros é o resultado do contato, de química ...
O Casamento não será uma questão de Amor mas de compromisso em manter o amor!

É o Amor Romântico, o Amor Paixão que nos leva ao Casamento, mas será o Compromisso em permanecer casados o que sustentará o Amor e dará as condiçöes para que o Amor Romântico se conserve e através dos anos se torne cada vez mais profundo.
O Amor que surge de nosso casamento deve ser como a Palmeira, quanto maior o vento e as tempestades que enfrenta, mais profundas suas raizes!

Sim! Eternamente Enamorados!

O Amor Agape - 1ª Coríntios 13:1-8 -

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine.
Ainda que eu tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que eu tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para o sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é paciente, é benigno. O amor não inveja, não se vangloria, não se ensoberbece.
Não se porta inconvenientemente, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, espera, tudo suporta.
O amor nunca falha. ..."

terça-feira, 7 de junho de 2011

Desenvolvendo a autoestima - 6° Passo

Autoestima
“Determine que algo pode e deve ser feito: então você achará o caminho para fazê- lo." - Abraham Lincoln -


“A autoestima representa o quanto eu me amo, o quanto eu me gosto e para o Dr. Gonzálo Musito Ochoa será a culminação de todo esse processo.” (Diná P.O.L.Aguiar, p.53)

“É importante diferenciar o “Eu” dentro da personalidade do indivíduo, do “conceito do eu” (autoconceito), e do construto autoestima. ...

Adler vê no sentimento de inferioridade, resultante de enfermidades orgânicas e defeitos físicos, a maior ameaça para a autoestima. (Fadiman,J. e Frager,R., pp.71-83) ...

Fromm crê que situações de isolamento social são prejudiciais para a autoestima.(E.Fromm,pp.122-128)

... A autoestima é a reputação que adquirimos com respeito a nós mesmos.



Autoestima = autoconfiança + autorrespeito.


... Autoestima, segundo o Senhor Deus é a medida do amor ao próximo:
Amarás ao próximo como a ti mesmo! (Levítico 19:18)

Quem não se aceita, não se respeita, não se ama, ... não pode amar ao próximo!

A autoestima será o clímax de todo este processo: Quanto mais respeito tivermos por nós mesmos, mais seremos capazes de amar a Deus, de nos amar e de amar o próximo. Então estaremos cumprindo a Lei de Deus!
Autoestima é uma experiência íntima, é o que penso e sinto sobre mim mesmo. Desenvolver a autoestima é procurar a felicidade.

Felicidade interior é essa satisfação consigo mesmo que nos leva a ser vitoriosos!

Há um limite entre a influência do meio ambiente ( pai, mãe, irmãos, professor, psicólogo, líder espiritual, amigos) e o livre arbítrio.
Por mais que todos nos queiram ajudar, só eu posso tomar o controle da minha vida.” (Diná P.OL.Aguair, pp. 54-55)

“Há um limite entre a ajuda que eu posso receber e o que eu tenho que FAZER! ...
Arrogância, egocentrismo, narcisismo, alcançar poder às custas dos demais, isto não é autoestima positiva, saudável. Ao contrário, quem tem elevada autoestima, tratará o próximo com dignidade, com respeito, com bondade, com empatia.” (Vitória no Sofrimento, pp.56-57)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Desenvolvendo a autoestima - 5° Passo

Autorrespeito
“A felicidade não consiste em ter o que se quer. Mas em querer o que se tem.”- Jean Paul Sartre -

O autorespeito será o resultado do caminho que seguirmos.

Se escolhermos o caminho da não aceitação ou da autoaceitação negativa, não teremos respeito próprio.
Não tentaremos um vestibular para entrar na faculdade, “porque eu não passaria”...
Não buscaremos um melhor emprego, “porque eu não seria capaz”...
Não posso ter um melhor relacionamento com pessoas de melhor nível social ou intelectual, “porque não é o meu ambiente”...
Se não aceitamos o nosso corpo o caminho será anorexia nervosa, bulimia, dietas suicidas, isolamento social ...

Se escolhermos o caminho da autoaceitação positiva, o resultado natural será o autorrespeito.
Terei respeito por minha pessoa, pois saberei que sou um filho de Deus, criado a Sua imagem e semelhança.
Consciente das minhas fraquezas trabalharei para vencê-las, procurarei ajuda se necessário.
Consciente das minhas potencialidades, me proporei metas específicas a curto, médio e longo prazo, para alcançar meus sonhos.
Não desanimarei com as dificuldades do caminho. Cada crise será uma oportunidade de crescimento.
Lutarei, enfrentarei as dificuldades.
Caminharei confiantemente seguro da vitória. ...

As pessoas são o que não querem e estão onde não gostam porque não imaginaram onde queriam estar e ser." (Vitória no Sofrimento, Diná P.O.L.Aguiar, p.52)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Desenvolvendo a autoestima - 4° Passo

Autoaceitação
“Não podemos dar o que não possuímos. Somente quando aceitamos a nós mesmos podemos nos tornar verdadeiramente abnegado e desprendidos de nós mesmos.” - Herman Herse

“Na construção da autoestima, o quarto passo é a autoaceitação, que é um passo decisivo.
Até aqui tomamos conhecimento de quem somos. Tanto nossas virtudes quanto nossos defeitos podem nos assustar. Nossos defeitos nos falam de nossa incapacidade. Nossas virtudes e potencialidades nos falam de nossa responsabilidade.” (Diná P.O.L.Aguiar, p.46)

“Autoaceitação não significa necessariamente gostar do que tomamos conhecimento. Autoaceitação significa reconhecer a existência de um fato. A autoaceitação é a condição prévia para uma mudança, pois enquanto não aceitarmos como realidade uma conduta, não seremos capazes de modificá-la e teremos grande probabilidade de que a conduta se repita.” (Diná P.O.L.Aguiar, p.48)

“Será a autoaceitação que determinará o sentido a seguir.

Podem surgir 3 caminhos:

1. Não ocorre autoaceitação
O resultado será a negação da realidade.
Viver na fantasia.
Viver inconscientemente.

A pessoa não tem um conceito adequado de si mesmo. Pode ser uma pessoa bela e achar-se feia, pode estar magra e ver-se gorda, pode ser inteligente e crer-se “burra” ou tudo ao contrário, achar-se o máximo.


2. Autoaceitação NegativaOcorre o que chamo de “Filosofia da Gabriela”: “Eu nasci assim, vou viver assim, vou morrer assim”.

O resultado será: acomodação, frustração,
depressão, suicídio físico, emocional, espiritual, profissional.

Como a pessoa acredita que ela é assim e não tem jeito, “pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto”, ela entende que não tem porque lutar. Esquece-se que não é um pau, mas um ser humano importante para o seu Criador. Um ser dinâmico, em constante construção.

3. Autoaceitação Positiva
“Toda a verdade passa por três estágios: primeiro é ridicularizada. Segundo enfrenta uma violenta oposição. Finalmente, é aceita como evidente.” - Arthur Schpenhauer –

Está bem. Este sou eu, mas ... ... Vou viver Autenticamente.
“... Bem-aventurado aquele que não se condena naquilo que aprova.” (Romanos 14:22) ” (Diná P.O.L.Aguiar, p.48)

“Autenticidade fala de coerência entre o que pensamos, sentimos e o que demonstramos com nossas atitudes e ações.
Ser autêntico é afirmar nossos desejos e necessidades; é falar a verdade sobre o que pensamos ou sentimos; é permitir que os outros conheçam quem verdadeiramente somos.
... Ser autêntico é não usar máscaras. O que não nos impede de ser discretos ou recatados.
... Quem está preocupado em agradar aos demais, não pode ser autêntico! ...

Este sou eu, mas ... ... Vou viver Responsavelmente.
“Tudo o que te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças...” (Eclesiastes 9:10)

Aqui o Senhor Deus nos ensina que o nosso parâmetro somos nós mesmos. Não temos que realizar igual ou melhor que ninguém, mas a nossa medida é a nossa capacidade.
Viver responsavelmente é buscar realizar o melhor de cada um de nós mesmos.
Isto nos libera de uma carga enorme, pois o nosso melhor pode ser muito inferior que de outras pessoas. Mas ao mesmo tempo nos chama a uma responsabilidade também enorme, pois podemos estar fazendo melhor que a maioria, mas não estarmos fazendo o nosso melhor.” (Diná P.O.L.Aguiar, p.49)

“Nesse processo de construção da autoestima, é necessário que pensemos em termos de ações específicas.
Viver conscientemente, responsavelmente significa saber o que FAZER.
Para crescer precisamos aprender novas condutas.

Como e em quais aspectos atuaríamos de forma diferente?
Viver responsavelmente é parar e pensar:
Muito bem: Este sou eu!
O que não posso mudar?
O que eu posso mudar?

Pois se não estou esperando um milagre ou que outros façam por mim, será necessário uma pergunta inevitável: Como posso construir um futuro diferente desta realidade? ...

Segundo James Hunter, “a definição de insanidade é continuar a fazer o que você sempre fez, desejando obter resultados diferentes!” (James C.Hunter . O monge e o executivo, p. 136. Ed.Sextante)” (Diná P.O.L.Aguiar, p.50)


"Hoje eu sou fruto do Passado!

Hoje eu construo meu futuro!

Que Futuro estou construindo hoje?

A melhor coisa que sabemos a respeito do futuro ... é que ele vem um dia de cada vez.

“Os dias dos homens estão determinados , contigo está o número de seus meses; puseste-lhe limites, além dos quais não ultrapassará.” (Jó 14:5)

Nossos dias estão contados pelo Criador, não viveremos porque temos saúde, não morreremos porque estamos doente. Como não sabemos quantos anos teremos de vida, é importante que procuremos viver hoje de tal maneira a proporcionarmos qualidade aos nossos anos de vida.

“A tragédia maior não é a morte mas o que deixamos morrer dentro de nós enquanto vivemos.” - Stewart Emery - “ (Vitória no Sofrimento, Diná P.O.L.Aguiar, p.51)