sexta-feira, 27 de maio de 2011

Desenvolvendo a autoestima - 3° Passo

Autoavaliação“O tempo é o senhor da razão”
“Depois de todas as análises feitas, as nossas avaliações devem conter algumas perguntas:
Que nota me dou?
Qual o valor penso que tenho?
Posso compreender o porquê dessa minha conduta?
Tenho conhecimento de todas as variáveis envolvidas?
Como avaliaria essa conduta se fosse outra pessoa, por exemplo, se fosse o meu melhor amigo?
Eu me julgo seguindo os parâmetros de quem?
Os meus ou os de outra pessoa?

Muitas vezes reprovamos uma conduta não porque a condenamos, mas porque contrariam nossos pais, amigos, professores ou líderes religiosos.

Precisamos entender que todas as nossas ações buscam satisfazer necessidades, mesmo que com algumas delas estejamos nos autodestruindo. A verdade é que por detrás de cada comportamento há uma busca desesperada pela sobrevivência, ou pela satisfação de uma necessidade física, emocional ou espiritual.” (Diná P.O.L.Aguiar, p.44)


“Há muito tempo atrás aprendi com Cecil Osborne em “A Arte de compreender a si mesmo”, que não estamos preparados para julgar a ninguém, nem a nós mesmos; pois muitas são as variáveis que intervêm em nosso comportamento. Nós só podemos ver o aqui e o agora. Somente Deus tem uma visão tão ampla, capaz de ver o passado, o presente e também o futuro.

Por isso Jesus nos manda: “Não julgueis”. (Mateus 7:1)

Ao fazermos nossa auto avaliação, que a façamos sem julgamento e com misericórdia.” (Vitória no Sofrimento, Diná P.O.L.Aguiar, p.45)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Desenvolvendo a autoestima - 2° Passo

Autoconceito
“Não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã.” – Victor Hugo –

“O segundo passo no processo de construção da autoestima é a formação do autoconceito.
Inicialmente o autoconceito foi estudado por filósofos e teólogos. Desde 1890, com William James até 1940, o construto autoconceito ficou praticamente esquecido no contexto da psicologia. A partir de 1940 com o surgimento da psicologia como ciência é que as formulações de W. James sobre o autoconceito passaram a ter relevância para a Psicologia.
William James foi o primeiro a analisar o autoconceito desde o ponto de vista psicológico. Em 1890, em “The Principles of Psychology”, propõe um modelo multidimensional e hierárquico para o auto-conceito, onde realçou sua natureza social.
W.James identificou 4 componentes de importância decrescente para a formação da autoestima: self (si mesmo) espiritual, material, social e corporal, e atribuiu-lhes categoria descritiva e avaliativa.
Apresentou a seguinte fórmula: a Determinação do Valor Pessoal seria o quociente entre os níveis de desempenho e as expectativas da pessoa.” (Diná P.O.L.Aguiar, p. 31)


“Creio que a classificação dos reinos deveria ser: mineral, vegetal, animal e humano.
Não creio que deveríamos fazer parte do reino animal.
Penso que formamos parte de outro reino: o reino humano. Por isso nunca se encontrou o “elo perdido” entre o reino animal e o homo sapiens.
Em todos os reinos, os diferentes gêneros e espécies, apresentam muitas diferenças. Assim vemos peixes de todos os tipos: pequeninos, fininhos, larguinhos, compridinhos, grandes e imensos. O mesmo se passa com os cães, com as borboletas, com diferentes espécies de árvores, flores e frutos.
Esse mesmo fenômeno ocorre com os humanos, existem pessoas dos mais diferentes tipos físicos: uns são altos, de complexão mais robusta, outros são baixos, outros de complexão mais delicada. Encontramos seres humanos com os mais diferentes tons de pele, tipos de cabelo, entre outras características.
Quando nossa aparência física não está de acordo com o modelo valorizado em nosso tempo, o autoconceito poderá ser mais afetado.
Mas este fato não é determinante, pois vemos jovens ou pessoas em geral, com a aparência física dentro dos moldes exigidos pela beleza do seu tempo e ainda assim desenvolvem um baixo autoconceito. ...

Do conhecimento que tenho a meu respeito, eu formo o meu conceito, isto é, o que eu penso de mim.” ...

“A beleza é uma percepção vivenciada de alma para alma. Uma pessoa muito linda desde o enfoque do padrão da beleza cultural, pode ser vista como “feia” depois de algum tempo de convívio. Por outro lado, uma pessoa fora dos padrões culturais de beleza, pode ser percebida como linda pelas pessoas com quem convive. E isso é maravilhoso, pois nosso cônjuge pode continuar nos vendo “lindos” mesmo quando a beleza da juventude já vai longe...

Sim, a beleza está no fundo dos olhos de quem vê!” (Diná P.O.L.Aguiar, p.35-36)


O autoconceito modela nosso destino: a visão mais profunda que tenhamos de nós mesmos influi sobre todas as nossas escolhas e decisões mais significativas e modela o tipo de vida que nos criamos.


Pensamentos geram Sentimentos, que geram Ações.

“Muito do nosso autoconceito vem da nossa infância.
Temos dentro de nós um Eu Criança.
Quando era muito pequena aprendi na Palavra de Deus:
“... tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” (Filipenses 4:8)

Anos mais tarde entendi a razão deste ensinamento:

“Somos o que pensamos que somos.”Paráfrase de Provérbios 23:7

Somos o que pensamos que somos, pois pensamentos geram sentimentos que geram ações.

O nosso maior tesouro, o que temos de mais valioso são os nossos pensamentos.
Se pudéssemos avaliar a importância de nossos pensamentos para a nossa saúde mental e consequente saúde física, financeira, social, relacional ....
Não permitiríamos que nenhum mal pensamento se alojasse em nossa mente.

Mas como conseguir ter sempre pensamentos positivos, pensamentos que edificam?
Cuidando do que vemos, lemos, ouvimos, conversamos.
Para uma pessoa desfrutar de saúde mental necessita ter seu Eu Criança feliz, seguro, confiante.” (Vitória no sofrimento,Diná P.O.L.Aguiar, p.37-38)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Desenvolvendo a autoestima.

Com base no meu livro “Vitória no Sofrimento”, apresentarei uma série de estudos sobre o desenvolvimento da autoestima.
Meu desejo é que possa, de alguma forma, contribuir com seu crescimento como pessoa humana.


“Não importa que problema tenhamos, ou que dificuldades precisamos superar, todos necessitamos ter uma autoestima forte, para assim vencermos os percalços da vida.

Segundo Dr. Gonzalo Musitu Ochoa, a construção da Autoestima é a culminação de um processo que inclui vários passos. Para se alcançar o passo seguinte é necessário ultrapassar o passo anterior. (Musitu, G. Ochoa, 1991)” (Diná P.O.L.Aguiar, p. 24)

Os passos da Construção da Autoestima seriam:

1. Autoconhecimento
2. Autoconceito
3. Autoavaliação
4. Autoaceitação
5. Autorespeito
6. Autoestima


1° Passo – Autoconhecimento

“Nada podes ensinar a um homem. Podes apenas ajudá-lo a descobrir coisas dentro dele.” - Galileu Galilei, 1698 –


“Autoconhecimento é o conhecimento que se tem de si mesmo.
Adquirir autoconhecimento significa viver conscientemente.

Em que nível de consciência estou vivendo?” ...

“Viver conscientemente é procurar descobrir quais pensamentos estão por detrás de cada tristeza, desânimo, frustração; não importando quão dolorosa possa ser a situação, mas enfrentar a verdade, a realidade dos fatos.
Viver conscientemente é lutar pela independência a todos os níveis, é ter uma atitude ativa frente à vida , é correr riscos, é buscar o conhecimento, é reconhecer os erros e procurar corrigí-los, é ser honesto consigo mesmo, enfrentar nossas verdades, nossas dores, nossos desejos.
Viver conscientemente é procurar no presente a realização de grandes sonhos.” (Diná P.O.L.Aguiar, p. 26-28)


"Autoimagem ou o como nos vemos, funciona como um espelho. Eu me percebo como percebo que os outros me percebem. Quando olho para o próximo, me vejo como ele me vê. Ou como eu penso que ele me vê. O próximo funciona como um espelho que reflete minha imagem, a partir desta percepção vai formando a minha autoimagem!

O valor deste “espelho” é maior ou menor em função do momento evolutivo em que estou vivendo:
- Uma criança pequena crê cegamente no que diz seu papai, sua mamãe, seu irmão mais velho, seu professor...
- Para um adolescente, o que tem valor é o que diz seu grupo de amigos.
- Um adulto imaturo está muito preocupado ou dependente do que as demais pessoas pensam.
- Um adulto maduro, ainda que leva em conta os pensamentos dos demais, o fará com um juízo crítico.
O adulto maduro pode corrigir a metáfora do espelho.

Exemplo:
Se alguém lhe diz: “você é um gênio”!
- Ele sabe que não é um gênio!
Se alguém lhe diz: “Você é um idiota”!
- Ele sabe que não é um idiota!
O que as pessoas falam não afeta tanto a autoimagem e consequentemente a autoestima de um adulto maduro!" (Diná P.O.L.Aguiar. p.30)